13 janeiro, 2011

Prologo I

(O texto que se segue abaixo é apenas um esboço de um prólogo, escrito baseado em pensamentos próprios e com algumas referências, como V de Vingança, o livro Parte da Solução e Ultra Violeta, além de outros)

Paz. Palavra tão pequena, mas tão subjetiva que seria estranho descrever - senão impossível - de uma única forma exata e que correspondesse o desejo de milhões de pessoas. Assim como tranqüilidade. Segurança. Felicidade.
Se comparássemos os dias de hoje com o que se lê em livros e registros de 50 anos atrás, ou iríamos rir, ou simplesmente consideraríamos ficção. Pura ficção científica. Afinal, como acreditar que por anos a força policial não era suficiente para manter a ordem pública? Como acreditar que em casos comuns mais de 50% da população vivia abaixo da linha de classe média? Que viviam nas ruas, em barracos, em favelas. Há moradia para todos. Para todos aqueles que podiam ter, e para alguns poucos “testas de ferro” que foram beneficiados com tais “direitos iguais”, que na verdade não passou de propaganda. E estes ainda são os que mais defendem o sistema. Este novo sistema.
Não há mais as grandes mídias. Há a Grande Mídia. Um único veículo de informação que é controlado pelos dominantes no poder, que se encarregam de comunicar e avisar de tudo que acontece, a cuidar da população.
Piada!
Tudo que passa é controlado. Não há liberdade de expressão, não há liberdade de imprensa. Tudo em nome da tal “paz”. Câmeras por várias partes. Controle de natalidade. Regulamentação de vidas. Registros de IF.Todos os cidadãos são obrigados a serem registrados, mas não apenas em Registro Civil ou Carteira de Pessoa Física, que aliás são um mesmo documento. Há um mesmo registro chamado IF, dentro do maior banco de registros de cada país, onde constam todas as informações possíveis e impossíveis sobre todos: nome, nascimentos, pais, irmãos, conjugues, instrução, tipo sanguineo, registro de doenças, registros criminais, antepassados. Tudo. É como se houvesse um batalhão de pessoas para controlar uma única pessoa. Ou, como já houve antes no passado, a sociedade inteira se vigia.
Extremamente desconfortável.
Como se não fosse o suficiente, este IF ainda é registrado na própria pele, para que não haja fraude, falsidade ideológica. Para que eles não percam o controle sobre seu rebanho, acredito eu. Que trágico seria, não? Vontade própria. Realmente, horrível. Quando as mudanças começaram a acontecer, a pouco mais de 50 anos atrás, as pessoas começaram a acreditar que finalmente o governo estava tomando atitudes positivas. A Força Pública estava nas ruas controlando a marginalidade, a violência, contruindo novas moradias, limpando as ruas. Todos aprovaram. Todos – todos aqueles que se incomodavam com a situação não por ser parte dela, mas por assistir a ela. Quem é que não preferiria uma cidade limpa, sem perigo de assaltos, de violência, sem a marginalidade a espreita?
Mas com o tempo isso foi se tornando mais efetivo. Mais vigilância. Mais controle. E quando acreditou-se que finalmente vivia-se uma época de ouro, uma época de paz e tranqüilidade, veio o Baque. Há um nome histórico para o que aconteceu, mas nós chamamos de Baque, que fora dos registros históricos nada mais é do que o extermínio da classe baixa, abafada por uma grande tragédia. Só que não é tão fácil exterminar-nos. Temos tanto direito quanto todo o resto, embora o resto não tenha reconhecimento disso. É mais fácil viver em suas casas confortáveis e respeitar as leis do que contestar.

12 janeiro, 2011

Eu quero escrever, mas não quero ter que escrever.
Quero escrever o que estou pensando, mas no momento não estou pensando exatamente em nada, nada exato.
Mas estou pensando em muitas coisas.